Como
esse quarto parece vazio. Assim como minha vida nesse momento. Não repara, por
favor. Estou aqui desabafando com meu gato. Pelo menos ele me entende ou melhor
me escuta (rsrs). Preciso ir para um lugar calmo, simples... mas
onde? Incrível como a cabeça da gente manda no corpo. Devo estar há uns 40
minutos imóvel nessa cama, olhando pro nada, tentando entender o que aconteceu.
Algo me diz que não dava mais, que não tem mais jeito, mas por que, Meu Deus, a
gente insiste? Sabe aquele olhar turvo, perdido, com ausência de raciocínio?
Acho que estou vivendo assim há algum tempo.
A gente vai se enganando, tolerando, entendendo. Sendo burra.
Mas chega uma hora que o melhor a fazer é parar de ir atrás, chegada desse
cansaço emocional, essa fadiga do amor próprio. Eu me entrego demais,
simplesmente porque não sei ser diferente, mas deveria ser pelas tantas quedas
que levei nessa vida. Mando mensagem pra ele, as vezes ligo, e recebo respostas
com sintomas de displicência. Cansei de ser aquela que está sempre ali te
esperando, fazendo de tudo para te ver sorrir. O pior é que, quanto mais me
importo, mais o afasto. Ás vezes a gente precisa de um choque pra acordar. Por
que tão burra? Hein, tchuco, responde!?
Me atiro na cama de novo. Chega uma hora em que o rosto cansa
de chorar. A dor é tanta que seca as lágrimas da alma. Duas da manhã, horário
chave para as principais decisões da minha vida amorosa. Sempre lembro de olhar
pro relógio nessa hora. Deve ser porque até a minha consciência já foi dormir.
Sou um perigo na madrugada.
O
telefone toca, meu coração dispara! Será que é ele? Claro que não. (Obama?)
Acabo
sendo fraca novamente e mando aquela mensagem no Whatshapp.
Mas.. Até
quando vai ser assim?
Chico Garcia (adaptado)
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